Monday, July 26, 2010

O Presente da Morte

Tão bela embalagem,
Quanto esmero,
Quanta delicadeza!

Os poucos raios de sol que adentram a penumbra pelas frestas gastas da madeira das janelas emolduram com um brilho manso e suave a cena de sua rara existência.

Cheiro de inocência
Desejo fremente.

Era das mais belas
Por que não a escolheram?
Não houve tempo?

Eu a admiro enquanto tropeço na razão.

Cor de flor de cerejeira
Cheiro de pêssego...

O corpo treme
A boca deseja.

Que sorte,
Que presente!

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